'Vamos pegar um por um', diz Tarcísio após prisão de suspeita de buscar fuzil usado na execução do ex-delegado Ruy Ferraz
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Tarcísio fala sobre prisão e investigação de caso de ex-delegado morto
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou nesta quinta-feira (18) sobre a investigação e prisão da suspeita de buscar um fuzil usado na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz, em Praia Grande, no litoral paulista.
Ao ser questionado sobre o caso, durante agenda na região de Araçatuba (SP), o governador atribuiu à prisão de Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, um ponto importante para identificar mais suspeitos da quadrilha responsável pelo assassinato do ex-delegado.
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"Ela é uma mulher que fez o transporte de um fuzil de Diadema até Praia Grande. Então ela fez o transporte dessa arma, levou o fuzil e trouxe esse fuzil de volta. Esse fuzil que a gente está procurando agora localizar foi uma das armas utilizadas no crime, e a partir dela a gente chega em mais um suspeito", falou.
"Nós estamos já começando a identificar todos os autores, nós vamos pegar um por um, nós vamos entrar com as medidas judiciais, mais um pedido de prisão, para que a gente possa capturar essas pessoas e a partir daí ir estabelecendo autoria e estabelecendo motivação para que a gente possa entender exatamente o que aconteceu e o que motivou o assassinato do Dr. Ruy."
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em agenda na região de Araçatuba
Reprodução/TV TEM
Segundo a polícia, Dahesly viajou para o litoral num carro de aplicativo para buscar um “pacote”. Os investigadores afirmaram que lá dentro estava um dos fuzis usados no assassinato do delegado. A prisão é temporária, válida por 30 dias e renovável por mais 30.
Outros dois suspeitos
Ainda nesta quinta-feira, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou os nomes e as fotos de dois suspeitos de participar do assassinato do ex-delegado-geral.
Os suspeitos, alvo de mandados de prisão e que estão foragidos, são Felipe Avelino da Silva, conhecido no PCC como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos.
Em entrevista à imprensa, Derrite disse não ter dúvidas de que há envolvimento do crime organizado na execução.
Felipe Avelino da Silva (à esq.) e Flávio Henrique Ferreira de Souza, suspeitos da execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes.
Reprodução/TV Globo
Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi delegado-geral da Polícia Civil de SP e esteve na corporação por cerca de 40 anos. Ele foi um dos pioneiros na investigação do PCC. Desde janeiro de 2023, ele comandava a Secretaria de Administração de Praia Grande. Ele foi assassinado após finalizar o seu expediente na prefeitura na segunda (15).
Uma das hipóteses investigadas é a de que o ex-delegado foi assassinado pelo PCC por seu histórico de combate à facção, que comanda o tráfico de drogas no estado e já o ameaçou de morte.
Outra possibilidade é a de que o ex-policial possa ter sido emboscado e morto por desafetos em razão do seu trabalho como secretário em Praia Grande, cidade onde foi assassinado.
Polícia de São Paulo afirma que identificou dois suspeitos do assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes
Reprodução/TV Globo
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